O repórter
de imagem da TV Bandeirantes ferido gravemente na cabeça durante um protesto no
Rio de Janeiro morreu esta segunda-feira.
Santiago
Ilídio de Andrade estava internado no Hospital Sousa Aguiar desde
quinta-feira, onde foi submetido a uma cirurgia craniana, mas não resistiu
aos ferimentos.
O
homem foi ferido por um engenho explosivo que o atingiu em cheio na cabeça
durante os violentos confrontos ocorridos no final do protesto. A sua
cabeça ficou coberta por chamas e fumo assim que o engenho explodiu em cima
dele, e caiu logo em seguida, ainda tentando segurar a cãmara com que registava
o confronto entre a polícia e manifestantes em frente à Central do Brasil, a
maior estação de comboios do Rio.
Um homem
acusado de ter sido quem passou o engenho explosivo a quem o acendeu e atirou
sobre o repórter de imagem está preso desde domingo. Fábio Raposo, o detido
afirmou à polícia que só entregou o artefacto ao outro homem, não foi ele quem
o arremessou. O advogado de Fábio afirmou já saber a identidade do acusado de
incendiar o engenho explosivo e de o atirar contra Santiago, que estava de
costas, em pé, no meio da praça, a registar o tumulto.
Suspeito de
matar jornalista no Brasil foi preso
O Tribunal
de Justiça do Rio de Janeiro decretou, no final da noite de segunda-feira
(madrugada desta terça-feira em Lisboa), a prisão preventiva do suspeito de
lançar o engenho pirotécnico que matou um operador de câmara.
Santiago
Andrade foi atingido por um engenho pirotécnico quando cobria uma manifestação
contra o aumento da tarifa de autocarros na quinta-feira passada, no centro do
Rio de Janeiro, encontrando-se em morte cerebral no hospital desde
segunda-feira.
"Há
evidentes necessidades de se resguardar a instrução, a fim de que as demais
provas sejam colhidas pela autoridade policial", afirma o parecer do
tribunal, que ressaltou o grau de "lesividade social" dos atos de
violência registados em manifestações recentes.
O suspeito,
Caio Silva de Souza, foi identificado a partir de imagens do momento em que o
profissional da ‘TV Bandeirantes’ é atingido, captadas por fotógrafos, câmaras
de vídeo e câmaras de vigilância da cidade.
No domingo,
Fábio Raposo, identificado como o responsável por passar o engenho pirotécnico,
ainda apagado, a Caio Silva de Souza, apresentou-se à polícia.
Na altura, o
jovem afirmou não conhecer a pessoa a quem havia entregado o artefato, mas na
segunda-feira, num segundo depoimento, decidiu colaborar, segundo o delegado
responsável, Maurício Luciano, citado pelo jornal brasileiro ‘Folha de São
Paulo’.
Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/
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